sábado, 7 de novembro de 2009

De madrugada....

Desejei-te ontem, de mais, e hoje também. Todos os dias são o mesmo quando te desejo assim. Só penso em ti. És inigualável. De olhos fechados consigo encontrar-te noutros corpos, mas só o teu amo de olhos abertos. Amo-te demais. Dormi agarrada à camisola de que te esqueceste. Ela ainda tem o teu cheiro. Vou guardá-la numa caixa para continuar perfumada. Não te a darei de volta. Não peço o teu amor. De ti não exijo nada. Mas nunca me digas que o amor é impossível. Tu fazes-me viver, sonhar, acordar com pesadelos. Tu és o meu diamante solitário e entre nós não há contacto. Quando te escrevo tu não foges das minhas páginas. Quando te escrevo tu ressuscitas a minha alma. Acompanho o teu lindo sorriso de longe e de perto, meu príncipe da trevas, lindo. Guardo comigo o teu olhar e sei que te recordas do meu corpo a tentar convencer-te que o meu amor é inteiro, embora nunca o seja o bastante. É bom desconfiar do amor porque ele às vezes é traiçoeiro, metamorfoseia-se em reles sentimentos, eras tu que mo dizias.

Eu não concordo. Desculpa-me o ter-te acordado hoje tão cedo. Tu sabes que não uso relógio. Só sei se é dia, se é noite. Tu sabes que eu sou uma apaixonada. Perdoa-me.

Diz qualquer coisa logo que possas. Sinto saudades, é só.

Não existe corpo, não existe face, não existe sexo e existe tudo isso. Só o amor é imortal, acredita.

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