Tenho um enorme vazio no peito, preciso de respostas, mesmo sabendo que nunca serão suficientes as palavras ditas e repetidas, preciso que me expliques, por A mais B, como aqui chegamos e para onde nos leva esta viagem.
Preciso de preencher o vazio e nenhuma das formas de compensação me parecem hoje suficientes. Preciso de transformar o vazio num abraço apertado, sem pedir mais nada, sem desejar mais do que isso, apenas sentir a certeza, a minha e a tua, de querer estar independentemente de tudo.
Quero dizer-te as palavras. Dizê-las apenas. A minha voz nos teus ouvidos.
Nada de caracteres. Nem bonecos, fotos ou textos arranjados.
Quero a sinceridade do encontro de olhares.
A espontaneidade da presença física.
Não me leias. Ouve-me antes. E depois fala-me.
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